NOTÍCIAS
01 DE DEZEMBRO DE 2023
Encontro discute atuação do Judiciário no combate à violência contra mulheres
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) realizou, nesta quarta-feira (29/11), o evento Sinal Vermelho – Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres: o papel dos tribunais. Organizado pela Ouvidoria do tribunal e pelo Centro de Formação e Gestão Judiciária (Cefor), o encontro teve o objetivo de ampliar a consciência sobre os direitos femininos, passo crucial na promoção da cidadania e na redução das disparidades de gênero.
Na abertura do evento, a ministra Regina Helena Costa afirmou que “a violência doméstica e familiar contra as mulheres é um assunto que deve estar presente em um maior número de debates, na busca de minimizar o problema”. Também esteve presente na abertura o ministro Herman Benjamin.
Estratégia nacional contra a violência de gênero
Uma das participantes do debate, Renata Gil, juíza auxiliar da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disse que a violência contra a mulher é questão de segurança pública que precisa ser enfrentada com uma estratégia nacional, de modo que o governo federal assuma essa responsabilidade em conjunto com a sociedade.
“Embora eu enxergue um quadro preocupante quanto ao número de mulheres vítimas de violência, vejo uma luz brilhante: um tribunal superior adotou a política de combate a esse problema. Acredito que, com a integração da sociedade e o poder público, poderemos combater esse mal”, declarou.
A juíza Adriana Alves dos Santos Cruz, secretária-geral do CNJ, apresentou dados levantados pelo órgão a respeito de crimes contra mulheres e falou sobre programas para orientação da magistratura quanto a esse tema, com destaque para o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, cuja adoção pelo Poder Judiciário foi objeto da Recomendação CNJ n.128/2022. “Convido todos a lerem e incorporarem o protocolo. Que se apropriem dessa ferramenta para poder enxergar a justiça com uma visão mais empática”, conclamou a juíza.
A ativista, modelo e atriz Luiza Brunet relatou sua luta contra a violência doméstica. Ao relembrar o dia em que procurou o Ministério Público de São Paulo para relatar agressões de que foi vítima, comentou a importância do acolhimento oferecido pela instituição: “Eu fiquei com muito medo na ocasião, por achar que poderia ser presa, pois pensei que eu tinha dado algum motivo para justificar o crime que ocorreu. Ao desmistificar isso, eu apelo a todas as mulheres que busquem por justiça caso sofram algum tipo de violência”.
O desafio do homem justo
O ministro Rogerio Schietti Cruz, ouvidor do STJ, comentou que o direito foi criado e é exercido por homens, e que o protagonismo feminino nessa área é um fenômeno recente. Ao encerrar o evento, ele se dirigiu ao público masculino, citando um trecho do livro Homens Justos, do historiador francês Ivan Jablonka:
“O caminho a percorrer contra o patriarcado é longo. Não será abolido por decreto ou manifestação. Somente será combatido quando deslegitimado, quando feito por todos nós, homens, ainda que tenhamos sido responsáveis por isso. Defender a justiça de gênero na posição de homem é lutar contra si mesmo, se desfazendo da ideologia de gênero que o forjou. O homem justo representa um dos grandes desafios do amanhã.”
The post Encontro discute atuação do Judiciário no combate à violência contra mulheres appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
08 DE JULHO DE 2024
Cartórios extrajudiciais do Brasil são aliados na mediação em conflitos fundiários
ANOREG/BR conversou com o presidente da Comissão de Soluções Fundiárias do TJPR, desembargador Fernando Antônio...
Anoreg RS
08 DE JULHO DE 2024
Audiência Pública sobre os direitos trabalhistas dos prepostos de Cartórios: veja como foi!
CASP da Câmara dos Deputados promoveu debate na tarde de ontem. ANOREG/BR acompanhou a audiência presencialmente.
Anoreg RS
05 DE JULHO DE 2024
Registro de Imóveis da Primeira Zona de Porto Alegre completa 159 anos de existência!
Trata-se do Registro de Imóveis mais antigo do Estado do Rio Grande do Sul. O Registro de Imóveis da 1ª Zona de...
Anoreg RS
05 DE JULHO DE 2024
Ação de reintegração de posse de imóvel com alienação fiduciária não exige prévia realização de leilões
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, decidiu que, após a constituição do...
Anoreg RS
05 DE JULHO DE 2024
Cartórios terão até 60 dias para informar mudanças na titularidade de imóveis às prefeituras
A partir do dia 4 de agosto, os cartórios de notas e de registros de imóveis de todo o país terão o prazo de...