NOTÍCIAS
02 DE MAIO DE 2023
Parceria entre ONGs e iniciativa privada facilita o acesso de trans e travestis de 13 estados e do DF a um novo nome
O objetivo do projeto é custear mudanças na certidão de nascimento. O valor total, de todos os documentos exigidos para emitir um novo registro, fica hoje entre R$ 600 e R$ 800 reais, mas nesta campanha sai de graça.
Uma parceria entre ONGs e a iniciativa privada facilita o acesso de cidadãos de 13 estados e do Distrito Federal a um novo nome. A iniciativa, do movimento Todxs e da Antra – Associação Nacional de Travestis e Transexuais -, pode atingir um público de 700 pessoas.
O objetivo do projeto é custear mudanças na certidão de nascimento. O valor total, de todos os documentos exigidos para emitir um novo registro, fica hoje entre R$ 600 e R$ 800 reais, mas nesta campanha sai de graça.
Podem se candidatar à troca gratuita dos documentos trans e travestis com 18 anos ou mais. Pessoas de baixa renda, quem vive em vulnerabilidade social e negros têm prioridade. É só acessar o link da inscrição nas redes sociais do movimento Todxs.
“Isso é extremamente importante, porque a partir do momento que retifica a sua certidão de nascimento, você consegue retificar esse nome em vários outros documentos: CPG, CNH, carteira de trabalho. Por isso que é uma conquista muito grande quando a gente pega a certidão e olha ali: esse é meu nome, esse é meu gênero, porque o gênero também muda na certidão de nascimento. Então você ganha de novo aquela dignidade e aquele senso de pertencimento à sociedade”, afirma Gabriel Romão, pedagogo e co-diretor executivo da Todxs.
Além de mudar o nome na certidão de nascimento, dá para retirar, por exemplo, as palavras Filho, Junior, Neto – desde que não sejam sobrenome de família – e trocar o gênero feminino ou masculino. Também podem ser feitas alterações na certidão de casamento – mas o cônjuge precisa autorizar – e na certidão de nascimento dos filhos.
Em Minas Gerais, o parceiro da campanha é o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual. No primeiro dia de inscrição, mais de 300 pessoas procuraram o serviço
“A gente liga para as pessoas, para virem aqui para gente conhecê-las, para dar início aos processos. É um processo extremamente burocrático; são cerca de 25 documentos que a gente tem, a gente ajuda todas essas pessoas”, diz o coordenador administrativo da ONG Rafael Sann.
Hoje, por lei, pessoas trans e travestis não precisam mais enfrentar um processo e ter autorização de um juiz para mudar a certidão de nascimento e os documentos. Tudo é feito em cartório, desde que a pessoa apresente todos os documentos necessários.
O diretor artístico Ryan Bernardes não vê a hora de pegar a certidão de nascimento com o nome que ele escolheu.
“Enquanto a gente não tem o nome reconhecido, a gente acaba passando por uma série de constrangimentos e de situações desconfortáveis mesmo. Até porque, querendo ou não, acaba abrindo brechas para várias situações de transfobia. Eu estou feliz com esse passo. É um passo muito importante, que vai mudar muita coisa para mim também, meu dia a dia”, vibra.
Fonte: G1
Outras Notícias
Portal CNJ
09 DE JUNHO DE 2023
Documentos de valor histórico da Justiça Eleitoral compõem Fundo Arquivístico
A preservação da memória da Justiça Eleitoral (JE) é uma preocupação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em...
Portal CNJ
09 DE JUNHO DE 2023
Inscrição para o “Prêmio Justiça e Inovação” se encerra na segunda (12/6)
Termina nesta segunda-feira (12/6) o prazo para a inscrição de projetos para concorrerem ao “Prêmio Justiça e...
Portal CNJ
09 DE JUNHO DE 2023
Judiciário debate a Política Antimanicomial em Seminário Internacional
A qualificação da política antimanicomial no âmbito do Poder Judiciário em interlocução com outros segmentos...
Portal CNJ
09 DE JUNHO DE 2023
Comitê retoma trabalhos de monitoramento dos Núcleos de Ações Coletivas
O Comitê Executivo Nacional dos Núcleos de Ações Coletivas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se reuniu para...
Anoreg RS
09 DE JUNHO DE 2023
Novo episódio do Papo de Cartório aborda os impactos da Lei 6.015 de 1973 na vida dos brasileiros
O consultor legislativo do Senado Federal nas áreas de Direito Civil, Processo Civil e Direito Agrário, Carlos...